17, 18 anos pra esquecer que os problemas não são problemas, pra gostar de errar, pra assim conseguir seguir sem culpa sem dó, do que se era do que se vai alcançar. Pra chegar alguém e te jogar na mão seu enorme currículo, seu enorme passado, louco passado...
Tinha quase certeza de que ele iria ser muito vantajoso, experiente...
Ou talvez não seja comigo.
De qualquer forma.
Eu não serei seu esboço de boa vontade, de paixão espontânea e imatura.
Não serei a cúmplice dos seus pecados, nem sua vertigem de má fé quando tudo for pro espaço.
Não vou te ligar às 4h te perguntando qual bar você ainda não passou, e te lembrar que a nossa casa fica logo ali. Não quero te desenhar um coração cheio de merda de gato que fede peixe e na real é resto de ração.
E enquanto estiver certa, vou te agredir a cada olhar, cada expectativa de trégua. Vou enfiar-te no meu inferno louco e vicioso de tortura e só.
Pois é assim que eu te sinto.
É assim que eu me sinto cada vez que encosta em meus receios.
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